Tropicália no Brasil

December 4, 2018

Tropicália

O que é Tropicália? Tropicália foi um movimento artístico no Brasil que aconteceu no início da ditadura militar brasileira (começou em 1967 e terminou em 1969). O movimento tropicalista teve muitas influências e incluiu muitos meios artísticos. Os artistas do movimento misturaram poesia, dança, literatura e música, que foram uma forma de “antropofagia.”

Este articulo vai focar especificamente na música tropicália, que introduziu um novo estilo de música popular brasileira no Brasil, e pelo mundo. Esta música misturava ritmos tradicionais brasileiros com novos sons da época, incluindo guitarras elétricas e sons psicodélicos.

A música tropicália tinha muitas influencias. Música folclórica brasileira, bossa nova, e música rock nova dos Estados Unidos (como Jimi Hendrix). Os problemas políticos do Brasil naquela época também inspiraram os artistas. A música tropicália era uma nova forma de expressão e protesto.

O movimento tropicalista não durou muito tempo, mas foi muito influente. O movimento tropicalista mudou a cultura pop e a cultura moderna no Brasil. No fim, foi um movimento breve (um pouco mais de um ano) porque o governo militar o reprimiu. De 1964 até 1985, um governo militar teve controle sob Brasil.

O fim do movimento tropicalista começou com o aprisionamento de Gilberto Gil e Caetano Veloso – os dois líderes mais famosos do movimento tropicalista – em dezembro de 1968. Os militares tinham poder total em 1969 e prenderam Gilberto Gil e Caetano Veloso para censurá-los.

 

Umas Artistas do Movimento Tropicalista

Quando estes músicos começaram a tocar essa música nova, a música não foi aceita, e as multidões a vaiaram por algumas razões. A mensagem da música foi contra o governo e assim a música foi criticada. Também, o estilo das realizações dos shows era muito moderno e muito sexual. Por estas razões, muitos brasileiros no início - especificamente alunos esquerdistas— não gostaram da introdução deste protesto musical. Naquele momento, a guitarra elétrica era um som americano - como de Jimi Hendrix – e era novo e estranho no Brasil. A introdução da influência estrangeira foi recebida negativamente no Brasil nessa época. Mas logo os jovens começaram a gostar da música tropicália.

Caetano Veloso era um dos líderes e artistas principiais do movimento tropicalista. Um momento importante e decisivo no movimento foi quando Veloso escreveu e tocou uma canção, "Proibido Proibir." Veloso tirou o título do slogan dos protestos estudantis de maio em Paris daquele ano (1968). A multidão vaiou e assobiou enquanto ele tocava. Esse show provocou os oficiais do governo, e eles classificaram os músicos como “uma ameaça política”, uma influência que estava corrompendo a juventude brasileira.

Em 1968, o governo exilou Caetano Veloso e Gilberto Gil. Eles tiveram que sair do Brasil por quatro anos. Outros artistas foram presos e torturados por sua participação no movimento tropicalista. O governo torturou um poeta chamado Torquato Neto, que escreveu muitas letras para diferentes músicos, e depois ele se suicidou. O movimento tropicalista foi uma lição de liberdade de expressão, protesto e censura no Brasil naquela época.

            Entretanto, alguns músicos continuaram escrevendo e tocando, e a música se tornou mais popular. Hoje, a música Tropicália é famosa por todo o mundo, e muitos dos artistas mais famosos do movimento tropicalista estão vivos e continuam a tocar no Brasil e pelo mundo.

 

Três dos músicos mais famosos do movimento tropicalista eram Gal Costa, Gilberto Gil, e Caetano Veloso – os três continuam gravar e tocar. Escute e disfrute  destas recomendações:

 

Gal Costa – escute “Que Pena (Não Ele Já Não Gosta Mais de Mim)” e “Baby”

Gilberto Gil – escute “Queremos Guerra”

Caetano Veloso – escute “Tropicália”

[link de Spotify:  https://open.spotify.com/playlist/7oKECgrMt07hwFIY7Hx0a3]

 

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Allison Marie Bustin
Allison Bustin is dual degree student pursuing a Master’s degree in International Development at GSPIA and her Juris Doctor at Pitt Law. She studied Linguistics and Spanish at Pitt as an undergraduate. Allison is an RPCV, having served in Costa Rica from 2014-2016. She is currently learning Portuguese as a FLAS Fellow, and is working towards a certificate through the Center for Latin American Studies.